terça-feira, 4 de junho de 2013


Sérgio de Oliveira Garcia
Pessoal achei muito interessante a reportagem abaixo li e quero compartilhar.
Reportagem interessante! Depois da leitura me indaguei!
Extra, Extra
O número 1 é primo!
“ os números primos não podem ser escritos como produtos de outros números. Portanto, um número primo não é múltiplo de outros números, além de 1 e ele mesmo”
Cydara Cavedon Ripoll, professora de matemática na UFRGS, destacou a frase num livro didático e reclama: “Portanto, 1 é primo!”
Qual é a consequência desse paragrafo?
Cydara explica:”1 é primo!” Há muitas definições semelhantes a essa em livros didáticos, e todas têm essa característica comum: o autor esquece de excluir da definição o numero 1. Qualquer pessoa que já tenha escrito um parágrafo sobre matemática sabe que a coisa mais fácil do mundo é se esquecer de excluir o numero 1 da definição de primo: todo autor sabe que números primos servem de bloco básico para a construção dos outros inteiros, e todo mundo acha natural pensar no 1 também como um bloco básico de construção de inteiros... Como resultado, até autores competentes ás vezes definem os números primos de modo que o 1 cabe na definição.
De fato, a exclusão da unidade na definição de número primo é arbitraria, no sentido de que é uma escolha. O número 1 tem todas as características de3 um numero primo, pois seus únicos divisores positivos são 1 e ele mesmo. Porém, se os matemáticos incluíssem o número 1 na definição de primo, ganhariam um único número primo ( o próprio 1) e transformariam todos os outros em números compostos. É óbvio que uma definição dessas não serviria de nada, pois os matemáticos queriam justamente escolher, entre os números naturais, aqueles que não fossem múltiplos de 2, depois os que não fossem múltiplos de 3, depois os que não fossem múltiplos de 5, e assim por diante. Esse conjunto de números (2,3,5,7,11,...) contém segredos bem mais interessantes sobre os números do que o conjunto (1) poderia conter.

Texto páginas 59 e 64, extraído da Revista Cálculo matemática para todos, edição 25 – Ano 03- 2013.

Sérgio de Oliveira Garcia
Relato de leitura
Sempre gostei de ler e escrever, sempre me interessei leitura  e pelos livros seja de romances, revistas em quadrinhos, os livros didáticos, jornais e o evangelho, o mundo da leitura sempre foi fascinante, tive excelentes professoras que a cada aula realizavam a leitura de um capitulo de um conto, então  nos ficávamos na expectativa de chegar a próxima aula para ouvir o capitulo seguinte, adorávamos. Vivenciei uma experiência semelhante das minhas antigas professoras, no ano passado lecionei em uma sala onde havia um aluno que escrevia contos e poesias e ao final da aula ele trazia para eu ler para a classe, gostei muito de ter tido esta experiência sempre o incentiva para trazer novos poemas nas próximas aulas, a turma adorava, E da mesma maneira que sempre fui interessado por livros , também sempre tive curiosidade de saber o porque das coisas, entender a lógica, assim ingressei no mudo fascinante da matemática, e hoje leciono na EE. José Carlos Monteiro, em Júlio mesquita, já faz três anos que estou com sede nesta escola, onde um dia fui estudante.



A pratica da leitura

Pessoal, achei muito interessante a leitura abaixo, e tem um pouco daquilo que tenho desenvolvido no meu trabalho em Sala de  Leitura, e por outro lado tudo a ver com o nosso trabalho. (Celso Fernandes).


A prática da leitura


leitura


 
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sobe diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos no contato com um livro, enfim em todos estes casos estamos de certa forma, lendo, embora muitas vezes, não nos damos conta.
Sendo a escola a instituição moderna encarregada de transmitir a cultura às novas gerações é nela que as expressões “aprender a ler” e “ler para aprender” ganham o seu significado primeiro, para posteriormente alcançar um dos objetivos básicos que é o de formar o leitor crítico da cultura.
A existência de uma biblioteca escolar dotada de acervo diversificado que atende às necessidades e interesse do corpo docente e discente.
Educadores que são verdadeiros modelos de leitores isto é, demonstram entusiasmo pela leitura, conhecem as características do processo de leitura, selecionam texto significativos para os alunos e são abertos a outras interpretações de uma determinada obra.
Todavia, não é intenção de que a escola fabrique poetas, mas que possibilite às crianças o acesso aos textos poéticos, a melodia, sua beleza estética e dê vazão à sua imaginação e criatividade, características tão presentes nesses tipos de texto e que muito bem se identificam com as crianças.
Quando se fala em leitura na escola é preciso considerar as situações oferecidas no âmbito escolar para que ela se desenvolva; os materiais oferecidos, o tempo disponível para tal ação; o clima motivador do ambiente e as atividades desenvolvidas a partir do texto lido.
A escola tem por responsabilidade proporcionar aos seus alunos condições para que estes tenham acesso ao conhecimento. Nesse ciclo de criação e recriação do conhecimento, próprio da vida escolar, a leitura ocupa, sem dúvida alguma, um lugar de grande destaque.
É na escola, pela mediação do professor e com a ajuda do livro didático que os estudantes aprenderão a ler, a escrever e a enxergar sua própria realidade e a realidade do outro. Essa relação é essencial ao jovem, que pelo contato e exploração de diferentes textos e por meio de ações intermediadas, o aluno passará a interagir com seus pares, a produzir um conhecimento partilhado e com isto consegue representar oralmente e por escrito, sobe vários registros verbais, seu pensamento, sua experiência prévia de vida e seu conhecimento coletivo de mundo.
O leitor deverá entender a escola como um espaço convencional privilegiando o saber, no que concerne a leitura, e a escola precisa rever suas práticas, criando situações para que, o exercício da leitura e escrita produza reações, interações, construção de subjetividade e conhecimento.
Nesta direção à escola, como espaço socializador do conhecimento, fica com a tarefa primordial de assegurar aos seus alunos o aprendizado da leitura devendo fazer circular em seu meio uma diversidade de materiais com conteúdos ricos e variados, que promovam a formação de leitores livres. Concebe-se assim, a prática da leitura, não como habilidades linguísticas, mas como um processo de descoberta e de atribuição de sentidos para que venha possibilitar a interação leitor-mundo.
A leitura é uma ação que não pode faltar no contexto escolar, portanto, é de grande importância que a escola se preocupe em formar o aluno leitor para que o processo ensino aprendizagem caminhe com sucesso. É imprescindível que todo professor saiba diferenciar leitura enquanto decodificação, de leitura significativa, para que possa melhorar a sua prática docente.
Constata-se, que todo professor quando está desenvolvendo o seu trabalho o faz com as melhores intenções, além disso, acha que está fazendo correto talvez por desconhecer as técnicas, metodologias e teorias e por isso, acabam trabalhando a leitura de maneira superficial, porque muitas vezes em sua formação profissional não obtiveram embasamento teórico para respaldar a sua prática pedagógica, ou os que tiveram, caíram no comodismo de compactar com os processos de alienação social imposto pela classe dominante.
Porém, cabe ao professor assumir o seu papel de orientador e mediador do processo ensino-aprendizagem, apropriando-se de teorias que irão subsidiar sua prática pedagógica no ensino de leitura e outros.
Assim, a noção de leitura ganha em amplitude, não mais ficando restrita ao que está escrito, mas, abrindo-se pra englobar diferentes linguagens e compreensões.
Por fim, ousou-se afirmar no conhecimento teórico que vivenciados por todo processo acadêmico, que o individuo que não tem experiência com a leitura como prática principalmente de exercício do pensamento, do raciocínio lógico ou subjetivo, está fadado ao fracasso social, cultural e político.
A leitura é o conhecimento elementar de todos os homens. Sem ela, temos nossas atitudes e valores condicionados aos “intelectuais” e nossas ações éticas, submissas aos “valores puros” da elite dominante, que mesmo desprovida de cultura geral, está mais preparada economicamente para operar a dominação.
Mais do que esta realidade, educadores e educandos, devem se comunicar, num processo contínuo, para investir contra as de determinações desiguais da sociedade, em que uns indivíduos são lançados ao crescimento extremo social e político, e outros, são espezinhados socialmente.
 
 
Marcilene Muniz Monteiro Conceição
Pedagoga e Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional e professora da rede publica estadual de Mato Grosso.

Sirlene Coelho de Lima Brito
Pedagoga e Especialista em Inclusão Social no Espaço Escolar e professora da rede publica do estado de Mato Grosso.
 
 
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Depoimento sobre leitura e escrita: Maria de Fátima Soares Firmino

Estudei numa escola de zona rural, nos quatro primeiros anos. Não tive incentivo à leitura pelos meus pais,eles não eram alfabetizados, mas fizeram o possível para que os 05 filhos estudassem.
Não ter hábito de leitura não significa falta de incentivo ou de dinheiro, depende de nós mesmos. Quantos livros a escola recomendava para leitura, pois eu lia todos, não como obrigação, mas pelo gosto à leitura, quantas revistas como Contigo, Capricho ( revistas de fotonovelas), gibis da Mônica, Cascão e da turma toda, romance como Sabrina eu trocava ou emprestava esses livros, revistas e gibis e os lia num piscar de olhos.
Hoje infelizmente não tenho tempo para ler, mas enquanto estava de licença saúde nestes últimos meses de 2012, pude ler alguns como: A Cabana, Capitães de Areia, O Pequeno Principe, A Volta do Pequeno Principe e outros.
Hoje o tempo que tenho é o suficiente apenas para ler e preparar a matéria diária a ser trabalhada na sala de aula, bem como, se interar dos novos métodos de ensino disponíveis na internet, que através da orientação da escola propicia aos professores compartilhar com os alunos que também participam do processo de comunicação e colaboração através das mudanças da internet. 
Celso Fernandes dos Santos

Pessoal, abaixo um texto que gosto muito e que fala muito comigo, espero que gostem

LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammont
A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, podem estimular um curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Alem disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

Celso Fernandes dos Santos

Olé pessoal...
Sou professor de matemática, estou na educação há 10 anos. Atualmente atuo na Sala de Leitura, isso já há dois anos. Pode parecer estranho um professor de exatas com aulas de matemática na Sala de Leitura, mas é a realidade.
Confesso que a principio fiquei com um pouco de medo,  exatas para leitura e escrita ... muda muito.
Hoje já me acostumei com a ideia e tomei gosto pela Sala de Leitura, e só agora atuando nessa área é que vejo o quão grande é a importância da leitura em nossas vidas. Só agora percebo  a grande dificuldade dos nossos alunos em relação a escrita e a leitura.
Portanto entendo a necessidade do Curso Melhor Gestão  Melhor Ensino (MG ME) na educação.
Para mim, vejo que a leitura abre a mente do homem em todos os sentidos, além de viajar por mundos desconhecidos, também aumenta a capacidade intelectual, passa a ser mais critico.
Meu trabalho na Sala de Leitura, se resume em estar procurando formas, maneiras, desenvolvendo projetos para que nossos alunos se tornem leitores, se tornem interessados pelo mundo da leitura.
Nem sempre funciona ou dá certo, porém há casos que o retorno nos deixa motivados em não parar, motivados a insistir sempre, acreditar que unidos podemos conseguir.
Se hoje eu voltasse para a sala de aula, com certeza, eu agiria de forma diferente, buscaria outros métodos para a apresentações de minhas aulas.